
Médicos do Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR) ameaçam entrar em greve. Eles aprovaram nesta terça, 10, em assembleia geral indicativo de greve, além de outras medidas de mobilização para reverter o que apontam ser uma injustiça efetivada pela Lei Federal nº 15.141/2025, que foi aprovada pelo Congresso Federal e sancionada pelo Presidente Lula no dia 02 de junho. 4p6z67
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No Paraná, são cerca de 300 (trezentos) Médicas e Médicos Servidores Federais Estatutários que são TAEs que trabalham no Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. O “Hospital de Clínicas”, ou “HC”, como é conhecido popularmente, é o maior Hospital Público e principal Hospital Terciário do Paraná; recebendo pacientes de todo Estado nos atendimentos de média e alta complexidade.
Lei criou reajustes desiguais para carreiras diversas 1n5c6z
De acordo com os profissionais, a Lei 15.141/25 concedeu reajustes e reestruturou as carreiras de diversas categorias de Servidores Federais, o que é justo e necessário, pois os servidores federais estavam há sete anos sem qualquer reajuste ou reposição inflacionária.
No entanto, de acordo com os profissionais, a Lei estabeleceu reajusta desiguais para os profissionais e médicos veterinários que atuam nas Instituições Federais de Ensino. Os Técnicos istrativos em Educação (TAEs) receberam 9% de reajuste neste ano de 2025, enquanto os Médicos e Médicos Veterinários que também são TAEs ficaram com somente 4,5%.
Para o ano de 2026, os Médicos e Médicos Veterinários TAEs receberão mais 4,5% de acordo com a Lei 15.141/2025, enquanto os demais servidores receberão 5%.
Médicos veterinários foram excluídos 4tg35
Os profissionais da Medicina e Medicina Veterinária também foram excluídos do reajuste das progressões. A diferença dos “steps” (os) entre um nível e outro era de 3,9% e ou para 4% neste ano, e 4,1% no ano de 2026 para todos os Técnicos istrativos em Educação. Menos para os Médicos e Médicos Veterinários TAEs, que ficam no patamar anterior, sofrendo com o achatamento das carreiras.
Todos esses reajustes, de acordo com a classe, foram fruto de um acordo firmado pelo conjunto dos servidores federais, incluindo os Médicos e Médicos Veterinários TAEs. E somente esses últimos sofreram a discriminação e tiveram o acordo descumprido por parte do Governo Federal.
As entidades médicas nacionais, como a Federação Médica Brasileira e o próprio Conselho Federal de Medicina, pressionaram deputados e senadores para que o Projeto de Lei do Governo fosse alterado, e a isonomia fosse preservada. Porém, a “máquina” falou mais alto, e a Lei aprovada e sancionada manteve as distorções que atingem os profissionais da Medicina.
Profissionais aprovam em assembleia indicativo de greve 3s6k33
Na Assembleia convocada pelo Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar), os/as profissionais aprovaram um indicativo de greve, além de medidas de mobilização e sensibilização da sociedade para a injustiça do reajuste menor recebido pela categoria.
O indicativo de greve e as mobilizações serão levadas para o âmbito da Federação Médica Brasileira (FMB), pois se trata de uma categoria nacional, e a mobilização precisa da adesão dos outros estados para surtir algum efeito.
Desde a cessão do CHC para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Médicas e Médicos Servidores TAEs também foram cedidos para a EBSERH à revelia de sua anuência em vontade. Só que, formalmente, esses profissionais continuam vinculados à UFPR, estando, portanto numa espécie de “limbo” funcional. Além desses profissionais, há Médicos e Médicas que atuam em outras Instituições Federais de Educação no Estado (UTFPR e IFPR) e ainda os aposentados e Médicos/as Veterinários que são TAEs.