
O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro deve abrir nesta tarde de terça, 10, os interrogatórios dos réus no Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para ser retomado às 14h30. Ele será ouvido pelo presidente do STF, Alexandre Morais, no inquérito que apura a trama de golpe de estado no governo Bolsonaro. 2f6632
Com pausa para o almoço, já foram ouvidos neste segundo dia de depoimentos, iniciado às 9 horas desta manhã, Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal; e Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
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Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto, general de Exército e ex-ministro de Bolsonaro.
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Ontem (9), no primeiro dia de interrogatório, foram ouvidos o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem sobre as acusações de participação na trama.
Cid confirmou que esteve presente em reunião na qual foi apresentado ao ex-presidente Jair Bolsonaro documento que previa a decretação de medidas de estado de sítio e prisão de ministros do STF.
O militar também confirmou que recebeu dinheiro do general Braga Netto para que fosse reado ao major do Exército Rafael de Oliveira, integrante dos kids-pretos, esquadrão de elite da força.
Ramagem negou ter usado o órgão para monitorar ilegalmente a rotina de ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o governo de Jair Bolsonaro.
O interrogatório dos réus é uma das últimas fases da ação penal. A expectativa é de que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição do ex-presidente e dos demais réus ocorra no segundo semestre deste ano.
Em caso de condenação, as penas am de 30 anos de prisão.